A Cátedra dispõe de importante acervo documental e bibliográfico, formado inicialmente por doação da CNCDP (Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses) e do Instituto Camões. Posteriormente, recebemos a doação de parte da Biblioteca do professor Cid Guimarães (titular do Departamento de Prática de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo).
Biblioteca
A biblioteca da Cátedra conta hoje com cerca de 5.000 volumes, de edições críticas e fac-similares de documentos e de atualização historiográfica. Em 2011, a FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – aprovou a concessão de aporte financeiro, na modalidade Infraestrutura, para melhoria e adequação do acerco, que, agora, conta com estantes deslizantes e controle de temperatura e de umidade. De acordo com os princípios de intercâmbio estabelecidos nestes anos, esse acervo é parte fundamental da Cátedra e deve ser mantido a ela integrado, como exigência das Instituições Portuguesas a ela consorciadas, para a atualização permanente, de forma a funcionar como gabinete privilegiado de pesquisa e de leitura, do corpo permanente e dos pesquisadores visitantes.
Documentação
Centro de Documentação sobre o Atlântico (CENDA)
Como centro de referência e de pesquisa, a proposta do CENDA é, de um lado, elaborar guias de fontes sobre os temas em pauta, reunir inventários já realizados por instituições nacionais e internacionais, e, de outro, disponibilizar conjuntos de documentos impressos e manuscritos, seja por meio da reprodução em microfilmes de material proveniente de diferentes instituições, seja pela aquisição de compilações documentais já publicadas. Além disso, objetiva-se incrementar a bibliografia existente na Cátedra, sobretudo com a atualização da produção mais especifica sobre os temas relacionados ao projeto.
Elaborando instrumentos de pesquisa de uso coletivo, bem como a manutenção de uma infraestrutura adequada, espera-se melhorar as condições da pesquisa acadêmica, disponibilizando o material e os instrumentos básicos para sua realização. Com isso, em suas ações concretas, indicar-se-á, entre outros exemplos, a importância de acervos ainda pouco explorados como o do IEB/USP, em sua notável coleção de obras impressas relativas ao tráfico e aos estabelecimentos europeus na África, ou mesmo a riqueza do material sobre a África locado na Biblioteca Nacional, bem como a significância de compilações já realizadas que viabilizam, em parte, a pesquisa histórica. Tais como os volumes da Monumenta Missionária Africana, organizados por Antonio Brásio e as iniciativas de Beatrix Heintze referente às fontes da história de Angola.
Laboratório de Estudos de Cartografia Histórica (LECH)
O Laboratório reúne bibliografia, teses, bancos de dados e documentação sobre a cartografia, manuscrita e impressa, produzida no âmbito do antigo Império colonial português e, mais particularmente, sobre a América Portuguesa até a Independência. A iniciativa tem como objetivo disponibilizar informações e suscitar estudos na área de cartografia histórica, promovendo, simultaneamente, intercâmbios entre disciplinas afins (urbanismo, geografia humana e física, história da arte e do livro, história da ciência, Antropologia e etc).
Entre os projetos já realizados, destacamos a realização de uma exposição sobre a cartografia histórica da capitania de São Paulo, sob a curadoria científica de Beatriz Bueno e Iris Kantor, que foi exibida por 16 meses no Museu Paulista, de março de 2005 a junho de 2006. Um outro projeto de grande importância para os estudos da cartografia histórica brasileira é a formação da Coleção Almirante Max Justo Guedes, discípulo de Jaime Cortesão e um dos principais estudiosos da cartografia histórica em nosso país. Além dos projetos assinalados, estamos formando um banco de dados de cartografia digital, que dará acessibilidade à documentação do LECH, incluindo, também, outros acervos cartográficos pertencentes às diferentes unidades da Universidade de São Paulo.